sexta-feira, 18 de abril de 2014

Torcida segura o artilheiro


A torcida do Paysandu se mobilizou e conseguiu demover Lima da ideia de ir embora
Depois de um mês de suspense, especulações e até resignação por parte da torcida, o centroavante Lima vai ficar na Curuzu. Ele tinha uma proposta da Chapecoense-SC com um salário substancialmente mais alto e com a perspectiva de jogar a Série A do Campeonato Brasileiro, mas o jogador aceitou a contraproposta bicolor e, inclusive, aumentou o período do vínculo com o clube paraense até outubro de 2015. O acerto se deu ontem de manhã, em reunião que demorou cerca de 40 minutos entre o atleta e o presidente, o vice-presidente, o diretor de futebol e o gerente executivo de futebol, respectivamente Vandick Lima, Sérgio Serra, Roger Aguilera e Sérgio Papellin. A grande mudança no contrato do atleta bicolor, além do aumento salarial, é o aumento da multa rescisória para R$ 1 milhão. 
“Fizemos um grande esforço para trazê-lo e agora para mantê-lo. Ele veio com uma multa baixa (R$ 100 mil) por imposição dele e do empresário, mas sabíamos que ele valia mais. Tivemos que aceitar para contar com ele. Agora aumentamos a multa para que possamos ter uma recompensa caso ele deixe a gente um dia”, explicou Aguilera, em entrevista a rádio Liberal/CBN.
Atualmente, Lima é o vice-artilheiro da temporada 2014, com 17 gols marcados. Foram oito pelo Campeonato Paraense, sete pela Copa Verde e dois pela Copa do Brasil. De acordo com o goleador bicolor, alguns fatores pesaram para que abdicasse da possibilidade de disputar a Primeira Divisão. Entre elas, a adaptação à cidade e ao clube e, também, a reação que a torcida teve quando soube da possibilidade de sua saída.
“Estou aqui em Belém cerca de cinco meses e me adaptei de uma forma tão rápida que às vezes sinto que estou morando aqui há anos. A minha família adorou a cidade e isso fez com que a minha decisão de ficar no Paysandu fosse mais forte”, disse. “Dificilmente você chega em um clube e o torcedor te acolhe com tanto carinho como é aqui no Paysandu. Isso tem me ajudado bastante dentro de campo para dar o meu melhor nos jogos”, completou Lima.
Passado todo o caso, o centroavante garante que o foco está totalmente na decisão da Copa Verde. O Paysandu enfrenta o Brasília-DF na próxima segunda-feira, na capital federal, depois de vencer o primeiro jogo por 2 a 1. “Temos algumas competições ainda pela frente, temos que estar focados em todas, mas a nossa prioridade agora é a final da Copa Verde. Temos que dar o nosso melhor para deixar a nossa história marcada aqui dentro do Paysandu não só como um nome, mas com um título de peso como é o desta competição”, finalizou o atacante.

“Sinto que moro aqui há anos”, diz o jogador, após acerto

Com o gol marcado contra o Maranhão-MA, o bicolor Lima assumiu a segunda colocação na disputa pela artilharia nacional, o Prêmio Friedenreich. O camisa nove do Papão tem 17 gols, quatro a menos que Robert, do Fortaleza-CE. Vale ressaltar que somente competições oficiais envolvendo clubes brasileiros fazem parte da disputa do Prêmio Artilheiro do Ano: a primeira divisão de todos os estaduais do país, as Séries de A a D do Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil, a Copa do Nordeste, a Copa Verde, a Taça Libertadores da América, a Copa Sul-Americana, a Recopa Sul-Americana e o Mundial de Clubes. Abaixo, o jogador falou sobre seu momento na Curuzu, a renovação contratual e a expectativa pela decisão da Copa Verde.
- Mesmo com todo o assédio da Chapecoense-SC, você continuou fazendo gols. Fora de campo, as propostas chegaram a te atrapalhar?
- Em nenhum momento essas conversas me atrapalharam, tiraram minha concentração. Sempre fui muito claro com a comissão técnica e a com a diretoria, desde o começo passei tudo o que vinha acontecendo a elas. Meu foco nunca deixou de ser o Paysandu. Até quando meu telefone tocava eu repassava ao meu procurador, para tratar do assunto.
- A torcida fez campanha para sua permanência, em especial nas redes sociais. Essa mobilização o surpreendeu?
- Fiquei surpreso, sim. Estou aqui há apenas cinco meses e essa reação mostra o carinho do torcedor. Com certeza isso também pesou na decisão de permanecer aqui.
- Além de um novo contrato, o que pesou na opção por ficar?
- A adaptação pesou, sim. Estou aqui em Belém há cerca de cinco meses e me adaptei de uma forma tão rápida que às vezes sinto que estou morando aqui há anos. Se eu tivesse ido para o futebol catarinense eu teria que me readaptar de novo, e isso poderia ser muito complicado. A minha família adorou a cidade e isso fez com que a minha decisão de ficar no Paysandu fosse mais forte. Estou muito feliz aqui em Belém e em jogar no Paysandu.
- Você passou cinco anos no Joinville-SC e agora pode ficar dois no Paysandu. A ideia é escrever o nome na história do clube
- Sim, com certeza. Como artilheiro, nem tanto. Com títulos, sim.
- Passada a Copa do Brasil e agora a renovação de contrato, dá para pensar com mais tranquilidade na decisão da Copa Verde?
- Desde ontem (quarta-feira) trocamos o chip e já pensamos somente no Brasília. Pensamos somente na Copa Verde e do quanto teremos que ser inteligentes para conseguirmos esse título. O Brasília-DF foi a equipe que mais nos deu trabalho e vamos ligados para não sermos surpreendidos.
- O gramado do estádio Mané Garrincha é algo que anima a vocês?
- Uma equipe técnica como a nossa será beneficiada pelo gramado. Quanto a isso ninguém poderá reclamar. O torcedor do Paysandu que puder comparecer ao Mané Garrincha terá a certeza que vamos tentar retribuir esse apoio.
**Fonte JAmazonia

Um comentário:

  1. SE gastou mais um pouco pra este cretino fazer o que ele fez bater um penalte com inresponsabilidade filho da puta.

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